O Rei, o Bobo e o Povo

O bobo da corte está sempre divertindo o Rei com suas palhaçadas no distante Reino.

Era uma vez, num reino não tão distante, havia um Rei inescrupuloso, corrupto, sem caráter e sem vergonha, que mantinha submissa uma corjinha de mercenários, usurpadores, pederastas e bajuladores do bem público. Essa corjinha, com status de nobreza, se submetia aos caprichos do Rei, mas em troca tinha como recompensa grandes cargos e salários. Uma nobreza cheia de marajás, uma burguesia omissa e passiva, que melindrosamente utilizava o patrimônio do povo para único e exclusivo interesse pessoal.

Nesse Reino, as festinhas sempre superfaturada lembrava muitos os tempos romanos, onde os imperadores, para apaziguar a insatisfação popular, utilizavam-se muito bem do chamado “pão e circo”. Enquanto o Rei inescrupuloso distraia seu povo com alimentos e festas, Ele usurpava os milhões mensais que entravam no cofre do Reino. O Rei déspota ensinou a Maquiavel como deveria ser escrito o Príncipe e a Arte da Guerra, um verdadeiro mestre em safadezas, traições, arrumadinhos, conchavos, orgias do dinheiro público e coisas sem caráter.

Então, era chegada à hora do Rei pilantra sai de cena. “E quem há de substituir o Rei?” Perguntava a nobreza. O Rei não confiava nem na sua sombra, testava seus aliados e brincava com cada um. Num momento fazia juras às nobres famílias dos Bastitis, depois aos Paulinis, aos Aladis e também Jacomisis. Mas, o Rei não queria perder sua influência, seu poder e o império do povo que Ele tomou para si.

Enquanto enganava os nobres e suas famílias, nos bastidores o Rei preparava o maior dos absurdos. Num momento de embriaguez estratégica, o Rei se deparou com o Bobo da Corte e disse: “Será tu, o meu sucessor?”. O pobre Bobo tão humilhado, feito de chacota várias vezes, acreditou que o Rei estava apenas lhe tirando do sério. Em seus argumentos, o Rei disse: “Oras, todos já me chamam de palhaço, não haverá problema se colocar um profissional do circo para me substituir. Além do mais, tu sempre foste leal e subserviente a mim e assim sempre será”.

O Bobo da Corte, feliz da vida por embarcar no projeto pessoal do Rei, já projetava seu futuro: “Agora, quem vai rir por último sou Eu se conseguir chegar ao Poder. Vou humilhar todos que me maltrataram e faziam chacota de mim. O povo, Eu massacrarei novamente, pois sei que somente com pão e circo fica satisfeito. A nobreza, Eu humilharei por não terem acreditado no meu potencial e lhe darei o que os Marajás querem, cargos e migalhas. A Justiça? A Justiça será Eu.”

Enquanto o Rei fazia planos sórdidos para o Bobo, nos bastidores a Nobreza já imaginava o seu futuro: “Ah, Bobo da Corte, pobre palhaço manipulável, se tu acha que passará a perna em mim, estas muito enganado. Quem continuará dominando esse Reino será Eu, o Rei. Se Eu consegui humilhar e manter sob meu cabresto as famílias mais ricas do meu Reino, imagine se não manterei tu, pobre palhaço, pobre bobo e pobre povo que me elegeu Rei”.

Enquanto o Rei e o Bobo planejavam seu futuro, o povo pobre e desamparado lastimava-se da situação de miséria e abandono. Voz de levante surgia em meio à população, alguns falavam: “A esperança nasce como a Rosa, lentamente surge e modifica o seu redor, trazendo consigo a beleza e o encanto do seu aroma”, e o povo ressaltava: “Que cada um de nós plantemos uma Rosa em nossos corações, e que agora a Rosa será o símbolo de esperança e mudança pela qual lutamos”.

ATENÇÃO: Esse artigo é uma obra de ficção, qualquer semelhança com a realidade terá sido mera coincidência.

O brinquedo de Flávio

Kerginaldo Pinto foi introduzido na política pelo seu mentor, o prefeito Flávio Veras, que tem um plano político pessoal para continuar mandando em Macau, manipulando seu pupilo.

Há exatamente quatro anos atrás se alguém ouvisse falar na família Pinto não associaria nem a Kerginaldo e nem muito menos a Luciana. Esses novos personagens, antes desconhecidos da política macauense, hoje se tornaram meros coadjuvantes de Flávio Veras, vilão principal da recente história política e administrativa de Macau.

Nessa nova fase política, a história política macauense tornou-se uma fábula de mau gosto. Pessoas sem histórico político, aventureiras, sem capacidade, inexperientes, manipuladas e sem preparo administrativo ou técnico são agora jogadas à sociedade como o “novo”, como alguém que vai mudar a realidade local.

Aos poucos, Kerginaldo Pinto vai demonstrando quem realmente Ele é, um homem ambicioso, que não tem discurso e que visa somente o status e o poder. Prova disso é que, na convenção do seu partido (PMDB), ele tentou associar a sua origem humilde a origem dos macauenses. Porém, o brinquedo de Flávio esqueceu que a diferença ente ele para o resto das pessoas é que, a maioria das pessoas humildes não admite ser um instrumento de manipulação.

Kerginaldo e seu clã são totalmente despreparados, apesar da formação acadêmica em Administração. Ele estagiou na Prefeitura Municipal de Macau, no cargo de Secretário de Infra-Estrutura e o que fez Kerginaldo Pinto? Não fez uma obra para nossa cidade. As pressas, fez o povo engolir quilos de areia e levar muita poeira na colocação da Santa no seu pedestal. E isso é a grande obra de Kerginaldo Pinto? Ou ele vai viver das obras feitas por Flávio Veras?