Blog do Gonzaga

Apesar de a disputa pela presidência do Senado já ter contaminado o processo na Câmara, o deputado federal Ilderlei Cordeiro (PPS-AC) acredita que o candidato Michel Temer (PMDB-SP), apoiado pelo Bloco Democrático e Reformista (PPS, PSDB e DEM), é o que mais tem chances de vencer o pleito.

Ilderlei lembra a experiência e o poder de articulação do peemedebista que conseguiu reunir nada menos que outros 13 partidos em torno de sua candidatura (partidos de esquerda e de direita, de situação e da oposição).

O jogo da sucessão no Congresso ganhou novos contornos após a entrada do senador e ex-presidente da República José Sarney (PMDB-AP) na disputa. O PT, que lançou a candidatura de Tiaõ Viana por lá, ameaça retirar o voto de Temer porque diz não querer o PMDB controlando Câmara e Senado.“Pode haver uma mudança aqui na Câmara, mas o Temer tem amplo apoio, credibilidade e larga experiência”, observou o parlamentar acreano.

Contabilizados os apoios dos parlamentares das legendas que já se declararam a favor de Michel Temer, chega-se a 421 votos, o que, regimentalmente, definiria a eleição já no primeiro turno. Ciro Nogueira (PP) tem o apoio declarado somente de seu partido, o que lhe dá apenas 40 votos. Aldo Rebelo (PCdoB) tem o apoio de três partidos. Até o PDT que formava com ele um bloco parlamentar o deixou isolado nesta disputa.

A soma dessa parceria só rende 47 votos. Mesmo uma eventual debandada em massa dos petistas (78 votos) para Ciro ou para Aldo não tiraria a eleição do paulista. Sem o apoio do partido de Lula, Temer ainda contabilizaria 343 votos.Estes levantamentos foram feitos com base nos votos dos 509 deputados que pertencem a partidos que já declararam em que votarão. Psol e PRTB que, juntos somam 4 parlamentares, ainda não definiram o voto nesta eleição.

Ainda na opinião de Ilderlei Cordeiro, Michel Temer tem como principal proposta exercer a Presidência da Câmara respeitando a soberania do legislativo. O deputado do PPS lembra que o peemebista já afirmou mais de uma vez que o legislativo é o primeiro dos poderes do Estado, já que o Executivo e o Judiciário trabalham na execução e interpretação do que a Câmara e o Senado produzem.