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DEU NO BLOG MACAU EM DIA
quarta-feira, 18 de julho de 2012
O Rei, o Bobo e o Povo
O bobo da corte está sempre divertindo o Rei com suas palhaçadas no distante Reino. |
Era uma vez, num reino não
tão distante, havia um Rei inescrupuloso, corrupto, sem caráter e sem vergonha,
que mantinha submissa uma corjinha de mercenários, usurpadores, pederastas e
bajuladores do bem público. Essa corjinha, com status de nobreza, se submetia
aos caprichos do Rei, mas em troca tinha como recompensa grandes cargos e
salários. Uma nobreza cheia de marajás, uma burguesia omissa e passiva, que
melindrosamente utilizava o patrimônio do povo para único e exclusivo interesse
pessoal.
Nesse Reino, as festinhas
sempre superfaturada lembrava muitos os tempos romanos, onde os imperadores,
para apaziguar a insatisfação popular, utilizavam-se muito bem do chamado “pão e
circo”. Enquanto o Rei inescrupuloso distraia seu povo com alimentos e festas,
Ele usurpava os milhões mensais que entravam no cofre do Reino. O Rei déspota
ensinou a Maquiavel como deveria ser escrito o Príncipe e a Arte da Guerra, um
verdadeiro mestre em safadezas, traições, arrumadinhos, conchavos, orgias do
dinheiro público e coisas sem caráter.
Então, era chegada à hora do
Rei pilantra sai de cena. “E quem há de substituir o Rei?” Perguntava a nobreza.
O Rei não confiava nem na sua sombra, testava seus aliados e brincava com cada
um. Num momento fazia juras às nobres famílias dos Bastitis, depois aos
Paulinis, aos Aladis e também Jacomisis. Mas, o Rei não queria perder sua
influência, seu poder e o império do povo que Ele tomou para si.
Enquanto enganava os nobres
e suas famílias, nos bastidores o Rei preparava o maior dos absurdos. Num
momento de embriaguez estratégica, o Rei se deparou com o Bobo da Corte e disse:
“Será tu, o meu sucessor?”. O pobre Bobo tão humilhado, feito de chacota várias
vezes, acreditou que o Rei estava apenas lhe tirando do sério. Em seus
argumentos, o Rei disse: “Oras, todos já me chamam de palhaço, não haverá
problema se colocar um profissional do circo para me substituir. Além do mais,
tu sempre foste leal e subserviente a mim e assim sempre será”.
O Bobo da Corte, feliz da
vida por embarcar no projeto pessoal do Rei, já projetava seu futuro: “Agora,
quem vai rir por último sou Eu se conseguir chegar ao Poder. Vou humilhar todos
que me maltrataram e faziam chacota de mim. O povo, Eu massacrarei novamente,
pois sei que somente com pão e circo fica satisfeito. A nobreza, Eu humilharei
por não terem acreditado no meu potencial e lhe darei o que os Marajás querem,
cargos e migalhas. A Justiça? A Justiça será Eu.”
Enquanto o Rei fazia planos
sórdidos para o Bobo, nos bastidores a Nobreza já imaginava o seu futuro: “Ah,
Bobo da Corte, pobre palhaço manipulável, se tu acha que passará a perna em mim,
estas muito enganado. Quem continuará dominando esse Reino será Eu, o Rei. Se Eu
consegui humilhar e manter sob meu cabresto as famílias mais ricas do meu Reino,
imagine se não manterei tu, pobre palhaço, pobre bobo e pobre povo que me elegeu
Rei”.
Enquanto o Rei e o Bobo
planejavam seu futuro, o povo pobre e desamparado lastimava-se da situação de
miséria e abandono. Voz de levante surgia em meio à população, alguns falavam:
“A esperança nasce como a Rosa, lentamente surge e modifica o seu redor,
trazendo consigo a beleza e o encanto do seu aroma”, e o povo ressaltava: “Que
cada um de nós plantemos uma Rosa em nossos corações, e que agora a Rosa será o
símbolo de esperança e mudança pela qual lutamos”.
ATENÇÃO: Esse artigo é
uma obra de ficção, qualquer semelhança com a realidade terá sido mera
coincidência.
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