06 novembro 2011

ENTREVISTA COM O FUTURO PREFEITO DE NATAL CARLOS EDUARDO ALVES

DEU PORTAL NOMINUTO
Com Diogénes Dantas


Meu bate-papo neste domingo (6) é com o presidente estadual do PDT e pré-candidato à Prefeitura de Natal, Carlos Eduardo Alves. 1 - O senhor tem defendido a candidatura em bloco dos partidos de oposição na eleição de Natal. Por que?
- O grupo do governo já tem chapa para 2014. A oposição não tem. PSB, PT e PDT são os partidos mais representativos do segmento oposicionista. Temos o mesmo propósito de ganhar as eleições. Nós viemos de duas derrotas já no primeiro turno, 2008 e 2010. Se ficarmos desunidos em 2012, estaremos numa situação vexatória porque não há perspectiva de candidaturas viáveis no campo da oposição.

2 - Como estão as conversas com o PSB e com o PT? Eu soube que o senhor passou mais de quatros horas com Wilma.
- Já houve uma rodada de diálogos. Eu conversei com Wilma e com outros líderes partidários. O PDT já sentou com o PSB, PT, PCdoB e com o PRB. Nós pretendemos tratar com outras agremiações. Eu acredito na união de forças porque a oposição poderá colher vitórias em Natal, Parnamirim e Mossoró. E noutras cidades importantes do estado. Se isso ocorrer, teremos condições de apresentar um projeto viável para 2014.

3 - Quem abre para quem?- Só o diálogo vai definir isso. Eu tenho me colocado como beneficiário desta união porque lidero as pesquisas de opinião. Já foram divulgadas de 8 a 9 pesquisas e eu estou em 1º lugar absoluto. Se o critério for pesquisa, meu nome é o mais viável.

4 - Wilma tem crescido nas pesquisas. O senhor teme a candidatura dela?
- Não, absolutamente. Meu nome também tem crescido. Eu tenho visitado os bairros da capital e fico impressionado com a receptividade ao meu nome. As pessoas desejam que Carlos Eduardo volte à Prefeitura de Natal. Eu terminei minha gestão com altos índices de aprovação. Isso é o reconhecimento da população ao nosso trabalho. É bom destacar que eu sou candidato num partido diminuto e sem o apoio das principais lideranças do estado. Mesmo assim, lidero as pesquisas.
Carlos Eduardo: Por que o PT não pode me apoiar? Fiz a candidatura do PT em 2008.

 
5 - Há margem de conversa com o PT? Fernando Mineiro me disse que é candidatíssimo.
- Claro. Nós estamos conversando com o diretório municipal do PT. Por que o PT não pode me apoiar? Eu fiz a candidatura do PT (Fátima Bezerra) em 2008. Ao longo da minha carreira política, eu sempre fui um homem de gestos e atitudes em favor do PT.

6 - O senhor está cobrando a conta?- Não se trata de cobrar conta alguma. Eu estou apenas dizendo que não há razão para o PT não me apoiar. Vou manter o diálogo para conquistar esse apoio. No momento, eu respeito a pré-candidatura legítima do deputado Fernando Mineiro.

7 - Qual o papel de Robinson Faria, recém-chegado à oposição?
- O vice-governador foi expulso da aliança governista, mas até agora eu não tive condições de conversar com ele. Robinson viajou. Portanto, eu não sei qual é o projeto do PSD na eleição de Natal.

8 - O senhor acredita que Micarla de Sousa é pato morto ou, melhor dizendo, borboleta morta nesta eleição?- O que eu vejo é uma grande reprovação, uma grande indignação a atual administração. Eu compartilho desta opinião. A gestão dela frustrou o natalense, logrou a cidade de Natal.

9 - O senhor não se sente culpado? Afinal, quem deu visibilidade a Micarla colocando-a de vice foi você.
- Alto lá! Ela foi indicada pelos partidos no fechamento da aliança. Não foi escolha minha. Poderia ter sido, porque ninguém a conhecia bem. No terceiro mês da minha gestão, eu vi que éramos incompatíveis. Eu tive de colocá-la no lugar dela e disse aquela frase: "vice é vice". Quando o vice politicamente não presta, vice é vice.

10 - Por que o senhor não aceitou o convite para voltar ao PMDB?- Eu estou bem no PDT. O partido está vivo. Tenho reunido estudantes, mulheres, as minorias. Eu presido o PDT e conto com a confiança dos quadros locais e da executiva nacional da legenda. Eu esperava que Garibaldi e Henrique me apoiassem. Se nós estamos juntos no plano nacional, por que o PMDB não pode me apoiar? Na última eleição, Garibaldi não exigiu que Rosalba deixasse o DEM para se filiar ao PMDB, nem Henrique Eduardo exigiu de Iberê Ferreira que mudasse de partido para contar com o apoio dele. A prioridade do PDT é fechar aliança com os partidos da base da presidente Dilma Rousseff. Porém, nós não estamos fechados para outros partidos. Até o DEM é bem-vindo.

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