25 março 2010

TRAIR É A ESPECIALIDADE DOS ALVES...

Apesar de todo o discurso em defesa da base de Lula aqui no Estado, o deputado federal Henrique Eduardo Alves caminha para formalizar aliança com o Democratas, repetindo o acordo de 2006 quando PMDB e o então PFL se uniram para tentar eleger Garibaldi Filho governador e Rosalba Ciarlini senadora. Naquela ocasião, só Rosalba se deu bem.
Em jogo está a reeleição de Henrique Eduardo, líder do PMDB, cogitado para ser presidente da Câmara dos Deputados e homem com acesso livre nos gabinetes do poder em Brasília.Nesse instante, depois dos esclarecimentos do TRE vinculando eleições majoritárias e proporcionais, Henrique está num beco sem saída.
O parlamentar do PMDB tem de voltar atrás em muita coisa que disse nos últimos meses. Henrique terá de mudar o discurso, por exemplo, nessa história de partido da base de Lula aliado ao Democratas, principal partido que faz oposição a Lula.
Por conveniência eleitoral dele e vontade de Garibaldi Filho, o PMDB do Rio Grande do Norte subirá no palanque do senador José Agripino Maia.Henrique terá de liberar o Partido Progressista, que segurava para bater esteira em sua própria eleição e votar em Iberê Ferreira, para apoiar Rosalba Ciarlini, já que o partido está sob influência do deputado Robinson Faria, vice de Rosalba.
Henrique terá de dizer a Iberê Ferreira de Souza que as circunstâncias eleitorais estão levando-o ao palanque do democratas.Henrique terá de se explicar com a governadora Wilma de Faria com quem vinha construindo uma aliança para hoje e para o futuro. Mas nessa relação Henrique tem crédito porque Wilma já lhe fez algumas decortesias no passado.
E Henrique terá de se justificar no Palácio do Planalto. Terá de dizer a Lula e a Dilma por quê vai ter de se juntar a José Agripino Maia na eleição estadual.Nesse último ponto, Henrique não enfrentará grandes transtornos, creio eu.
O peso eleitoral do Rio Grande do Norte na eleição nacional é o mesmo de Água Nova ou Venha Ver na eleição estadual. Quase nada.Henrique Alves senta à mesa de negociações e articulações políticas com o presidente da República e com a candidata dele à Presidência por ser líder do PMDB, maior bancada partidária do Congresso Nacional.Se Michel Temer, presidente da Câmara dos Deputados e cotado para ser vice de Dilma, segurar a barra de Henrique Eduardo, não há o que temer.
Tá tudo bem.Henrique Alves avalia hoje qual o caminho menos traumático para garantir sua reeleição. Se ficar com Iberê pode ser obrigado a correr atrás de 200 mil votos, correndo o risco de não se reeleger.Henrique não simpatiza muito com a alternativa de se juntar a Carlos Eduardo na disputa pelo governo (essa antipatia vem de longe).
O PMDB não tem candidato próprio. E se tirar Garibaldi dos braços de Rosalba Ciarlini desarruma a eleição do primo, já espremido entre José Agripino e Wilma de Faria, estes sim, combinados em vários municípios norte-rio-grandenses.Ou seja, Henrique namora com a ideia de que o menos traumático é aderir ao DEM novamente.
O importante é renovar o mandato. A eleição passa logo e, lá em Brasília, todo mundo esquece os detalhes da eleição no logínquo Rio Grande do Norte.Henrique se elege em qualquer dos lados da política potiguar.
É poderoso, é bom de voto e é bom de campanha. Já Garibaldi Filho, também bom de voto, disputa uma eleição majoritária muito renhida, imprevisível e emocionante.

2 Comentário:

At 26/3/10 01:11, Blogger Marlon Costa said...

O que é a política! Uma mer...cadoria!

 
At 26/3/10 01:17, Blogger Marlon Costa said...

Seu luiz,só o povo decide,os nossos entendimentos são apenas especulações. Aguardemos!

 

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