02 agosto 2011

NA ÍNTEGRA O DISCURSO DO EX-MINISTRO

Leia o discurso de Nascimento na íntegra.
Veja como foi a sessão:

15h58 - 'Venho aqui com a consciência tranquila', diz, ao iniciar seu discurso.
15h59 - 'Nos mais de seis anos em que fui ministro, jamais houve um momento em que minha honra e minha lisura tenham sido questionadas. Em momento algum pedi ou determinei ação de que pudesse me envergonhar.'
16h01 - Nascimento diz ter saído do governo porque não teve o apoio prometido pela presidente Dilma.
16h05 - Diz que quando assumiu o Ministério dos Transportes, a pasta não tinha credibilidade e que quando assumiu o cargo, promoveu a retomada dos investimentos.
16h06 - O ex-ministro diz que no período eleitoral viu brotar 'calúnias de origem não identificadas', que não mereceram a atenção da mídia nacional. Segundo ele, as mesmas denúncias que agora foram feitas.
16h08 - Alfredo Nascimento diz sentir 'profundo pesar' ao ver o nome de seu filho envolvido nas denúncias. Explica o caso. Segundo ele, o crescimento da empresa de seu filho, Forma, que saltou de um capital inicial de R$ 50 mil para mais de R$ 50 milhões no ano seguinte. Segundo ele, esses recursos foram adquiridos junto a terceiros. De acordo com ele, seria preciso calcular a diferença entre ativos e passivos da empresa do filho. Diz Nascimento que a empresa foi vendida por R$ 2 milhões, real preço da empresa, valor dividido entre ele e seus sócios.
16h13 - Nascimento diz que ataques contra seu filho partiram de Ronaldo Tiradentes, empresário de comunicação e adversário político do ex-ministro. Ele diz que Tiradentes induziu o jornal O Globo em erro ao fazer a denúncia contra seu filho.
16h16 - 'O ministério que deixei em 2010 é diferente do que assumi'.
16h20 - Nascimento lembra reunião sobre o PAC em 24 de junho, onde, segundo a revista Veja, a presidente afirmou que o Ministério precisava de babá. Criticou o fato de a revista não ter sido desmentida pela presidente.
16h26 - Nascimento diz que todas as medidas tomadas por ele, como a suspensão de licitações e os afastamentos de auxiliares foram combinadas com a presidente. Segundo ele, sempre tomou todas as medidas para combater irregularidades.
16h28 - 'Jamais deixei de determinar investigações', afirma. Segundo ele, a única denúncia que recebeu em todos os anos que foi ministro foi sobre a obra na única BR 340, em Minas Gerais, e que encaminhou o pedido do deputado Julio Delgado (PSB-MG) para averiguar o que acontecia.
16h30 - 'O Partido da República faz parte do processo de mudança conduzido pelo ex-presidente Lula e agora continuado pela presidente Dilma. Fomos o primeiro partido a apoiar a presidente Dilma. Dilma era a pessoa que reunia e reúne as qualidades necessárias para dar continuidade a esse projeto', afirma. Nascimento diz que a indicação de nomes pelos partidos é uma prática usual em nosso País e que a aprovação dos nomes exige a aceitação desses nomes pela Presidência. 'Em momento algum determinei a prática de atos lesivos aos cofres públicos ou agi em nome de interesses partidários', acrescenta.
16h34 - 'Muito foi dito sobre o trânsito do deputado Valdemar da Costa Neto. Nunca vedei o acesso dele ou de qualquer outro parlamentar que tenha me procurado. Meu gabinete nunca se fechou sequer a qualquer parlamentar de meu partido ou de outro partido, mesmo da oposição', diz.
16h36 - 'Volto a negar veementemente as acusações que foram lançadas contra mim. Fui julgado e condenado sem que pudesse me defender. Minha trajetória de 30 anos como gestor público não foi levada em consideração', lamenta. Nascimento relata o pedido feito por ele mesmo à Procuradoria Geral da República para que seu caso fosse investigado.
16h39 - 'O Partido da República não é lixo para ser varrido da administração pública. Temos alguns dos defeitos e virtudes de todos os partidos desse País', diz. 'Somos um grupo de sete senadores e 40 deputados que participamos com lealdade. Acreditamos no governo da presidenta Dilma', emenda. 'Eu não sou lixo, meu partido não é lixo, nós somos homens honrados.'
16h44 - Senador Álvaro Dias (PSDB-PR) faz aparte e diz que demissões ocorridas no Ministério dos Transportes são um reconhecimento de que houve irregularidades na pasta.
16h46 - Álvaro Dias pede que Nascimento assine a criação de CPI nos Transportes.
16h47 - 'Por que a presidente demitiu vossa Excelência deve fazer a ela. Eu não vi nenhuma prova. Ela não me demitiu. Eu pedi demissão por entender que não tinha apoio', defende. Sobre a CPI, Nascimento diz que 'a minha investigação é contra mim'. Álvaro Dias afirma que a CPI também irá investigá-lo. 'A sua apuração é melhor que a do Ministério Público?'. Álvaro Dias responde: 'A investigação do MP é jurídica...' 'A sua é uma investigação política', completa Nascimento. 'Eu era do governo Dilma', é uma investigação política.
16h51 - Magno Malta (PR-ES) defende o colega em seu aparte. 'Se a situação das estradas é ruim agora, imagina antes de Lula', diz, defendendo a gestão de Nascimento no Ministério dos Transportes.
16h55 - 'Não quero compactuar com execramento público de inocentes', diz Magno Malta.
16h59 - Senador Demóstenes Torres (DEM-GO)
retoma frases importantes do discurso de Nascimento: que não teve o apoio esperado da presidente Dilma, que tinha bom relacionamento com Dilma, que houve crescimento das dotações orçamentárias com o ministro Paulo Passos em 2010, que determinou pente fino no Ministério em fevereiro deste ano e que em março reclamou a ministra Miriam Belchior e resolveram rever projetos. Volta à questão da reunião de 24 de junho à qual o então ministro Alfredo Nascimento não esteve presente e questiona: 'Quem vazou o conteúdo dessa reunião?'
17h01 - 'Essas acusações (contra Nascimento) vieram de dentro do Palácio do Planalto', afirma Demóstenes. O senador do DEM diz que a ação foi patrocinada pela própria presidente.
17h03 - 'Essa afirmação é sua', afirma Nascimento. Diz que nenhum ministro setorial tem poder para decidir o que entra e o que sai do PAC.
17h07 - Nascimento diz que tentava corrigir distorções do PAC e sugere a Dilma que tome para si essa tarefa.
17h12 - Senador Blairo Maggi (PR-MT) diz que a crise dos Transportes manchou a imagem do PR, que passou a ser visto como 'o lixo da política' e defendeu que, finda a apuração, a presidente venha a público condenar quem tem que ser condenado e absolver quem tem que ser absolvido. 'Se a presidente Dilma quiser continuar com o ministro Passos, que continue. Mas ele não é do PR', conclui Maggi.
17h22 - Nascimento diz que decisão sobre posicionamento do PR sobre o posicionamento em relação ao governo Dilma será tomado em conjunto com outros senadores e sem revanchismo. 'Minha posição é a mesma do senador Blairo Maggi. Eu quero um cargo no governo e quero participar desse governo', acrescenta.
17h27 - Mário Couto (PSDB-PA) diz não ter nada contra o ministro 'por enquanto' e lamenta que Luiz Antonio Pagot, afilhado de Maggi e ex-diretor do Dnit, pivô da crise, tenha sido aprovado para a função. Aos brados, reclama que durante quatro anos denunciou as irregularidades e ninguém lhe deu ouvido, que ninguém concordou com sua proposta de fazer uma CPI para apurar as denúncias do órgão.
17h33 - 'Este homem (Pagot) devia estar na cadeia', acusa Mário Couto. 'Tenho documentos que comprovam a desonestidade desse homem.
17h35 - Alfredo Nascimento se confunde e 'mata' o ex-ministro Luiz Gushiken. Segundo Nascimento, Gushiken sofreu acusações e 'só foi inocentado após sua morte'.
18h00 - Vicentinho Alves (PR-TO) defende que o PR deixe a base do governo e que o partido entregue os cargos. 'O PR deve andar pelas próprias pernas', declara.
18h07 - Aécio Neves (PSDB-MG) volta a propor que Alfredo Nascimento assine o pedido de CPI nos Transportes. 'Mais uma assinatura nesse instante permite a instalação da CPI', diz.

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