16 janeiro 2010

O AFUGENTADO...

Natal, 10 de janeiro de 2010.

O afugentado.

Luiz, é com alegria e ao mesmo tempo com indignação que relato minha ida a Macau, para passar o natal e ano novo, descobri que haveria uma corrida para celebrar a inauguração do anel viário de minha querida cidade, chamo-a de minha cidade porque na minha Certidão de Nascimento consta como natural de Macau.
E, mesmo, estudando em Natal continuo votando e fazendo minha declaração de rendimentos com endereço de Macau. No dia anterior ao evento encontrei-me com Marcos Gomes, o medidor e árbitro oficial da Federação de Atletismo do Rio Grande do Norte, dizendo ele que pela manhã do sábado, dia 02 de Janeiro de 2010, iria fazer a medição do trecho e que tinha mantido contato com os organizadores pedindo emprestado uma bicicleta de pneus finos e tinta para fazer a marcação, como eu conheço a difícil missão de fazer qualquer tipo de evento desportivo em Macau, acordei cedo e fui voluntariamente ajudar ao amigo Marcos Gomes.
Parece que estava adivinhando, nada que foi compromissado com ele estava a sua disposição, como eu conheço muita gente em Macau, fui pegar emprestado uma bicicleta com um amigo e fomos comprar a tinta, isso tudo com a maior satisfação pois estava ajudando, enfim, a minha cidade, com uma ínfima contribuição ao esporte que abracei já sexagenário.
Até aí tudo bem, fui à noite fazer minha inscrição, peguei a fila dos filhos de Macau, me identifiquei, recebi meu número, preguei na minha camiseta. Daí em diante, comecei a trotar para esquentar, neste ínterim, começou chegar uns conterrâneos fazendo aquela festa e a torcida foi aumentando.
Eu só sei que incomodei um pouco. De repente apareceu um membro da federação dizendo que eu estava com o número em duplicidade e me conduziu até a barraca onde estavam fazendo as inscrições e me deu outro número.
Tirei fotos com amigos, com a torcida e com o prefeito, até aquele momento era, realmente, tudo que se esperava de um momento desportivo. Luiz, depois da corrida, descobri que a troca de número foi uma armação para me descaraterizar como corredor nativo.
Corri então como um alienígena. Se me perguntares quem ou a mando de quem foi feita tamanha mesquinharia, não sei, só sei que partiu de pessoa(s) doente da alma, o famoso pobre de espírito, aquele que materialmente nada lhe falta, mas pouco ou quase nada tem espiritualmente a acrescentar, A felicidade, a paz, a serenidade de outrem incomoda tanto a certas pessoas, que o caráter, a hombridade, cai a zero e eu convoco todos que lerem este desabafo, que lembremos-nos dos ensinamentos de Jesus quando manda amar nossos inimigos, que rezemos por eles, pois por mais mal que procurem nos fazer, somos irmãos filho de DEUS, nosso Criador.

Vale lembrar que se consegui materialmente alguma coisa na vida foi através de concurso público. Fiz cinco concursos e passei em quatro e tive o prazer de ser convocado por dois e logicamente escolhi um, no qual, fiquei até me aposentar.

Queridos irmãos em Cristo, faz um ano que participo de corridas de rua aqui em Natal, descobri que não tenho o biótipo de corredor rápido, sou aquele que vai as corridas participar da festa, fazer número, para dirimir qualquer dúvida, a última que participei a "corrida natalina" fui em traje de Papai Noel, não corro para ganhar troféu, corro para ter uma melhor condição física, pela minha saúde.
Garanto aos senhores organizadores que no próximo evento não me escreverei como filho de Macau.

José da Silveira, O Zé Naíde
Sempre apaixonado por Macau.

4 Comentário:

At 16/1/10 11:42, Blogger Marlon Costa said...

Será que descobriram que você é amigo do Sr. Luiz? Ou tem uma boa relação de amizade com ele? Sei Não hem?

Diz os filósofos e sociólogos que o homem é um ser político dotado de razão,por isso,nos diferenciamos dos animais.

Mas, conforme relato do amigo,alguns seres humanos têm “o espírito de porco”.

Solidarizo-me com você, cidadão Macauense,pois gosto muito dessa terrinha e tenho boas lembranças de infância, quando ai morei.

Em algumas oportunidades já me declarei macauense de coração,não de nascimento,claro. E como amante da cidade e admirador de algumas figuras ilustres de hoje e de ontem,sinto, profundamente, o seu descontentamento.

Diz o dito popular: “se conselho fosse bom,não se dava, se vendia.”

Mas,gostaria de dizer que não desista de fazer o que lhe dá prazer,o que lhe faz bem. Não se deixe influenciar por alguém que não lhe deu a devida atenção ou reconhecimento,pois,assim, você estará contribuindo com essa atitude,que na escala das ações humanas,é a mais baixa.

Um abraço macauense!

 
At 16/1/10 12:32, Anonymous Anônimo said...

ze naide eu discordo de vc amigo,eu acho q ninguem tinha o interesse de fazer isso com vc ou qualquer pessoa. n va nas corda de luiz nao q luiz n ta com flavio pq flavio ainda n quis viu? maqs a corrida foi boa n deixe di vir nao

 
At 17/1/10 02:15, Anonymous irineu candido said...

caro zé naíde, como um dos responsáveis direto da competição descrita pelo o amigo, digo-lhe o seguinte : que o amigo mais do que ninguêm comprovou que as inscrições foram feitas pela FNA- federação norteriograndense de atletismo. o momento da inscrição foram feitas apenas no dia da corrida, pois as inscrições eram de total responsabilidade da FNA( não havendo envolvimento de nenhum filho de macau de nesse processo).Se houve falhas, lamentamos muito. Mas procuramremos corrigir esses erros no futuro.Pois os filhos de Macau serão sempre tratados com respeito por essa secretaria e por todos que fazem o município de Macau

 
At 18/1/10 16:36, Blogger Marlon Costa said...

Está de parabéns o Sr. Irineu. É assim que se faz,esse é o procedimento das pessoas que têm espírito público.

Mostrou que se preocupa de verdade com o cidadão macauense,pois lamenta o ocorrido e ainde se compromete a corrigir possíveis erros.

Macau precisa de pessoas assim,comprometidas!!!

Essa,sim,é a verdadeira autoridade que os macauenses precisam.

Sr. Irineu, você merece aplausos.

 

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