06 novembro 2010

CARTA ABERTA A MACAU...POR CELESTE MENEZES - DEU NO BLOG DE FRANCISCO GOMES

Carta a minha cidade


Com o título acima o blog Francisco Gomes recebe e-mail da médica macauense, Celeste Menezes, irmã do ex-prefeito de Macau, Zé Antonio Menezes. Uma carta escrita pela médica que dá início a sua redação com uma frase do ex-governador do Rio Grande do Norte, Dinarte Mariz: “Cada homem tem seu preço e eu sei o preço de cada um.” Para Celeste, a frase é uma alusão aos vereadores de Macau.

Segue a carta na integra:

Carta a minha cidade

“Cada homem tem seu preço e eu sei o preço de cada um.” DINARTE MARIZ

Dia 1º de novembro, entre final de semana e feriado, a única Câmara de vereadores a funcionar no Brasil era a da nossa querida Macau.

Serviu de PICADEIRO para o grande show “Aprovação das Contas de Zé Menezes.” Para o espetáculo montado ás pressas, faltava uma peça no script – O documento do escritório de contabilidade, que mostrava o erro quanto á adição de contas de gestões passadas – o que fez com que o tribunal não acatasse essas mesmas contas. Reuniram-se diretores da peça (comissão de finanças) com o representante do escritório. Foi reconhecido o erro pela presidente da comissão Ver. Leila. Mesmo assim, por ordem superior, foi negada a inclusão do documento, peça chave para a defesa do réu.

Mas o circo não pode parar, o espetáculo tem que iniciar. A atriz Presidente, Vereadora Leila, querendo agradar ao seu senhor, e com uma pretensa vontade de ser presidente da Câmara, retirou sua pele de cordeiro e mostrou-se uma loba sanguinária diante de sua presa.Com o dedo em riste, como se a palmatória do mundo fosse, vociferou: eu o condeno! Esquecendo que no passado seu marido fora secretário, daquela administração que ela ora condenava.

O outro ator, ver.Champirra, que almeja também a presidência da Câmara, tanto quanto entrar no céu, foi ao passado buscar suas magoas para alimentar sua ira: A escolha, na época, do vice prefeito, situação decidida em comum acordo com o grupo politico e o seu irmão. Tanto que ninguém perdeu as benesses que usufruíam de um vice-prefeito de fato. Mas, na volta ao passado, só viu o negativo. E como, numa lavagem na alma, tentando explicar o inexplicável e sem desagradar o seu amo, condenou.

Os outros quatro atores ouviam sem expressão.

O ator-vereador Lampião permanecia como coadjuvante: condenar ou condenar, a missão teria que ser feita. Pensando: Posso ser o regra três e dar uma rasteira nesses três postulantes á tão desejada presidência da Câmara.

Da atriz-vereadora substituta Gerusa, sua apresentação não poderia ser diferente. A sua subserviência, em agradecimento ao cargo que ocupa, também acompanhou o voto da presidente. Mostrando seu despreparo; no final, perdeu o controle e o respeito pela plateia, quando foi questionada e respondeu com um palavrão. Que belo exemplo!!!!!!!!!!!!!!

Com relação aos outros dois vereadores- equilibristas – Fatima e Oscar, todo o tempo calados se comunicavam por escrito. Talvez tenha no momento, passado um lampejo na consciência, da injustiça que estariam causando, já que desse filme participaram e conheciam o enredo. Mas, a impotência diante do todo poderoso e o medo de perderem seus cargos, fizeram com que agissem como Pilatos: Lavo ás mãos, e acompanho o voto. Condeno!

Espero que consigam dormir ao deitar, e que seus travesseiros sejam seus confidentes.

Sobraram os três mosquiteiros que tentaram a todo custo, numa batalha desigual, defender o réu. Explicando o erro contábil, mostrando que não houve desvio do dinheiro publico. Mas, era uma luta inglória, já que era contra um fantasma e não contra aqueles coitados que ali estavam. Parabéns e obrigada, Odete, Décio e Zé Filho, pela postura, pela ética e o reconhecimento.

Senti falta no espetáculo, do domador das feras, com seu chicote amansador. “O Cangaceiro de Alexandria”. O único tem todos aos seus pés, pela pressão, pela ameaça ou pelo pagamento [Isso ele faz muito bem e sabe o preço de cada um]. Uma pessoa tão rica, mas tão pobre de espirito! Diz-se tão cheio de Deus, e com um coração transbordando ódio. Um ódio que ele nutre por meu irmão, por uma única culpa: deu oportunidade e alimentou a fera que hoje o fere, justificando o preceito da criatura contra o criador. Pois o domador não quer acabar o politico, ele quer destruir o homem, e esse homem é difícil de destruir, pois nasceu de uma família honrada, estruturada, que cresceu pelo seu trabalho, sem perseguir nem destruir ninguém.

Tenho pena de você, pois com todo o seu dinheiro, seu poder, não pode comprar o respeito e admiração do povo, e o caráter de quem o tem.

E assim termina o espetáculo, sem o respeito do povo, sob vaias. Mas, o que importa? Judas também entregou Jesus por trinta moedas!!!! Paciência.

Celeste Menezes

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